Ser Humano capaz de viver um milénio?

O cientista Aubrey de Grey (fotografia) garante que através de técnicas de “medicina regenerativa” será possível evitar a degradação das células, causadora das principais doenças que surgem com a idade avançada, por exemplo “Alzheimer, Parkinson e problemas cardiovasculares”, explicou. Para ajudar na compreensão, deu o seguinte exemplo: um adulto de 30 anos que seja tratado pode ganhar o dobro de vida saudável. “Os seres humanos vão ser jovens adultos por mais tempo não cronologicamente mas biologicamente”, afirmou o cientista.

Um milénio de vida…

"O primeiro ser humano a viver mil anos pode já ter nascido"

Para o director da Fundação SENS, dentro de 25 anos estes métodos vão começar a ser aplicados. Assim, existe uma probabilidade de que “o primeiro ser humano a atingir a idade de mil anos já tenha nascido”, disse Aubrey de Grey. Quanto mais jovens os pacientes começarem a receber o tratamento mais tempo poderão viver sem envelhecer.

O ponto fulcral do método desenvolvido pelo cientista britânico é o “tratamento das células”, através da substituição e regeneração das mesmas com enzimas, moléculas e também células estaminais. “É quase uma conclusão inevitável que vamos conseguir manter as pessoas saudáveis durante mais tempo”, declarou o biólogo.

Aubrey de Grey prevê que o ser humano ficará durante muito tempo com a aparência de um “jovem adulto” apesar da idade cronológica avançada. Ainda assim, o cientista não garante a vida eterna: “as pessoas vão continuar a morrer de causas não relacionadas com o envelhecimento, como acidentes ou infecções”.


Estará a sociedade preparada?

Na sua argumentação, o investigador lembra que o envelhecimento é uma das principais causas de morte do mundo moderno. “Ser velho hoje em dia é muito caro e os estados gastam muito dinheiro a cuidar das pessoas mais velhas”, referiu Aubrey de Grey.

Mas será que a sociedade está preparada para lidar com uma população que pode viver centenas de anos? Para o cientista, “a sociedade nunca está preparada para revoluções”. “Não estávamos preparados para a Revolução Industrial, mas depois dela ninguém quis voltar atrás”, concluiu.

Fonte: http://noticias.sapo.pt/info/artigo/1076583.html


O que acham sobre este polémico tema?

8 comentários:

olgacacao disse...

Para mim este é de facto um tema bastante polémico!
Por um lado quem não desejaria manter-se jovem para sempre, com um corpo escultural, uma pele sem rugas e manchas e uma energia e vitalidade de um individuo de 25-30 anos?! Não vou mentir...a ideia agrada-me!
Muito para além do aspecto visual, a questão da saúde que este ciêntista "promete" é também apetecivel.

No entanto...a questão que coloco é a mesma que a da noticia! Estará a sociedade preparada para este feito?

Como dizia a Mariana... só iriamos ter a reforma então aos 700 anos, se vivessemos 800?

Gostava também de conhecer a vossa opinião.

CN9 disse...

eu disse isso na brincadeira :b mas provavelmente é o que vai mesmo acontecer, ehe :b
assinado: mariana

Marta Torres disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Marta Torres disse...

Nunca tinha pensado em tal coisa...

Mas sinceramente não estou a ver a nossa sociedade preparada para viver atá aos 1000anos, mas considero uma ideia bastante interessante!!!

O Estado ia à falência com tantas reformas utilizadas durante tanto tempo, os idosos que provavelmente não vão ter aparência de idosos, têm de esperar muito tempo para terem a sua reforma e quando a tiverem ainda a vão "gozar" uns bons largos tempos... (se este processo da renovação das células resultar, claro :P )

A ciência está sempre a evoluir :)

Anónimo disse...

A única coisa para não ocorrer o que a Marta referiu era reformando as pessoas submetidas a este processo muito mais tarde, por exemplo aos 900 anos de vida ou mais.

Mas mesmo assim, são muitos anos para trabalhar... S:

ass: Pedro Sousa

Mónica disse...

É sem dúvida uma questão interessante. Mas duvido que a sociedade eteja preparada para tal coisa. Agora, em que estes testes ainda andam em fase de experiência (penso eu), seria um pouco desagradável, pois a pessoa que servisse de cobaia viria os seus familiares e amigos a morrerem mais cedo.
Concordo também com o comentário da Marta. O Estado iria à falência com reformas tão prolongadas (reforma aos 900 e morte aos 1000).

A ideia de ficar jovem, sem rugas e sem as marcas da idade, é uma vantagem que chamaria a atenção a muita gente, principalmente mulheres.

Tudo depende da forma como os anos passarem e estamos, sem dúvida alguma, nas mãos da ciência!

Mónica :D

Pedro Sousa disse...

Mas para compensar o facto de o Estado alimentar uma reforma de 100 anos é que os restantes cidadãos iriam trabalhar por cerca de 850 anos.

E se fossem submetidos hoje todas as pessoas do Mundo a este processo (fora as mais velhas), dentro de 50 anos todos os que se encontram agora reformados estariam mortos, ou seja, significa que nos seguintes 800 anos, ninguém teria idade para ser reformado e esses referidos problemas monetários deixariam de existir por muito, muito tempo.

olgacacao disse...

e a propósito desta publicação..."Fonte da eterna juventude sempre esteve nos nossos genes"
- leiam a noticia em http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=47235&op=all.

Afinal anda muita gente à procura da vida eterna!!

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